01 junho 2007

Assalto

A gente não sabe o que está acontecendo até acontecer, a gente age sem agir e saber que está agindo como se tudo parasse para ouvir a gente sendo, ou então, como se a gente parasse para tudo e fosse um ser em estado, ou em processo, ou em exercício. A gente sente medo e dores, se é que é dor esse estado completo de anestesia, ou então é até um paradoxo, sim e não, hoje e sempre, nunca mais. Não há sentimento nem metáfora que descreva, não há pensamentos, filosofias ou idéias que entendam, não há sistema quando tal ação acontece, mas acontece e o mundo pára, muito e tanto que nem parece existir. Nesse sentido, como um assalto parece amor.

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