Agora é a hora que eu saio de mim e imagino o mundo todo visto do lado de fora. Imagino eu morrendo e vivendo as coisas pela metade, deixando tanta coisa por fazer que fazer que morrer seria doído. Morrer sem aproveitar uma felicidade que eu imagino que a gente possa ter. Eu me imagino sofrendo um acidente e ficando triste, ou imagino você com uma coisa ruim e o gasparetto falando: “bem feito, bem feito, foi pra aprender”. Acho que ele devia nos dizer isso todos os dias, acho que a gente devia se dizer isso todos os dias, pq no fundo, todos nós vivemos em círculos pra nunca precisar mudar. A gente repete o mesmo erro de um jeito diferente, e a gente sorri de um jeito diferente, sempre em relação a algo que a gente já (não) fez. Eu imagino que um dia daqui a pouco a gente vai querer mudar e não vai nem saber por onde começar, não vai ter idade, saúde, e vai ter tanta responsabilidade que não vai ter nem mais alegria pra fazer, não vai ter uma força que é vital e que é nossa e agora explode como nunca. Eu imagino que se algo de ruim acontecesse o mundo ia virar e talvez, mas jamais inventarei um problema. A vida é o problema, mas o único que a gente tem e que é um problema bom. Quem sabe eu já não esteja me olhando agora velhinho e percebendo que hoje tudo que estou dizendo foi a maior tolice e melhor coisa que eu fiz na minha vida. Quem sabe eu não saiba que eu não vou viver muito tempo e que dizer agora tudo é bom porque dizendo eu divido as coisas de mim, e alguém pode ler e jamais retribuir, mas vai guardar isso tudo, com tanto carinho e sempre com um sorriso de lado que já me faz feliz, como me senti da primeira vez. Talvez seja agora a hora de você sair de dentro de você e olhar todo o mundo pelo lado de fora.
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