16 agosto 2008

pedaços da cidade

Cidade que não muda tanto por fora, mais por dentro que por fora, mais do que podemos ver. Cidade que percebe na umidade da parede sem embolso a passagem do seu tempo nos cartazes velhos, lembrança da cidade que cantou em fevereiro o peso da vida, quase doída, quase sofrida, mas que cantou o sofrimento como se fosse seu porta-estandarte, como se fosse seu lema e seu tema, que cantou a vida como poema, mas que agora é memória.

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