Ontem estava bebendo uma cerveja em um botequim com meu amigo Thiago Iglesias à espera do forró da Tribo de Gonzaga quando um cara de 42 anos, nascido em Portugal, começou a conversar conosco. Falamos de paraquedismo, da diferença entres os países. Falei então do meu gosto por música portuguesa. Falei o nome de alguns artistas, ele ficou feliz de lembrar seu país e nos chamou para entrar na casa dele.
Ele está morando nos fundos de uma loja de materiais de construções, pregos, martelos, enfim, coisas de obras. Contou que morava em uma imensa casa cujo aluguel era 3 mil reais, mas que sua esposa teve trombose, está doente e que agora ele está vivendo assim com muitas dificuldades. Pediu desculpas, ofereceu-nos um banco pra sentar e falamos de muitas coisas, dentre outras de literatura. O cara é um sábio.
Continuamos a conversar, ele nos ofereceu uma latinha de Boemia que estava em sua mini geladeira e me zuou por não conseguir pegar vinho na máquina dele. Disse: "depois português que é burro."
Esse cara, esse momento, vai ser inesquecível pra mim. Talvez nunca volte a vê-lo, mas sempre vou levá-lo comigo.
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