Os espaços não são negados, nem as presenças, nem as torrentes, nem os pensamentos, nem as repetições, nem os hábitos, nem os vícios, nem as mesmas palavras, sendo ditas insistentemente, e se retomando e se repetindo formando novos horizontes e novas expectativas, mantendo tudo incerto e inexato, mas absolutamente coeso, numa coesão tão absoluta que apesar de tudo ainda se diz haver uma unidade. E apesar de tudo isso, ainda se nega uma coisa: o “eu”, essa instância discursiva vazia, só elucidativa quando enunciada. E negar o “eu” e não negar todo o resto é algo determinante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário