03 maio 2011

pra ela dois

O amor é uma questão de visão. Acontece que às vezes nosso olhar está fraco, turvo, como se estívessemos em uma intensa neblina ou, de repente, ficamos míopes. Só que o amor, maior em todas as dimensões que qualquer tempestade, vai sempre além. Ele vaga por cima das nuvens, sonha com outras tempestades - uma chuva de verão, por exemplo, - pois ele está armado para viver etéreo, em um espaço vivo da eternidade. O amor é como um zumbi, morto-vivo; viverá eternamente em uma semi-vida, e semi-vida porque semi-consciente, semi-racional.
Vou tentando atabalhoadamente dizer as coisas e elas vão saindo, palavra por palavra, até que eu entenda bem o que tento dizer até pra mim mesmo. É isso:
Antes de amar a gente ama, porque ele é a força inicial da natureza. E é nessas horas que não consigo deixar de pensar como você está agora. Se deitada, se dormindo, se pensando, se falando ou sorrindo. É, não importa a imagem que tenha de ti. É ela, só ela e mais nada que hoje vai me fazer dormir feliz.
Sou eu e sou tu. Eu é tu.

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