O Rio aos domingos parece São Paulo. O aterro fechado pro trânsito com famílias andando de bicicleta e tricíclo me lembra os patéticos passeios que os paulistanos fazem nos viadutos. A cidade fica semi-vazia, triste. O que mais me irrita no Rio aos domingos é o excesso de casais com um aspecto absolutamente higienizado tomando sorvete do mc donalds de mãos dadas sem transarem os dedos. Aquelas caras de bunda mole com bermuda caqui e camisa polo e um vestido de domingo com uma sandalia rasteira.
Parece que todo burocrata chato usa o domingo pra tentar sorrir um bocadinho, mas não cola, não rola, fica falso, urbano demais. Algumas pessoas não deveriam sair nunca de seus escritórios, deviam se misturar aos seus processos e estantes e morar por ali. É que até caretisse tem limite e minha cara de sono, minha olheira, minha camisa do flamengo e minha ressaca são potencializados por esses sujeitos. Ainda bem que a semana sempre recomeça e eles se escondem e eu, continuo na mesma, na rua.
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