tem coisa que não tem conversa
não tem placa e não tem assalto
não marca nem se esborracha no asfalto
e não tem conversa mesmo
nem com nem versa
nem adianta chegar com esse papo frouxo
de quem andou na rua depois das três da manhã
porque já foi o tempo que isso era poesia
agora o lance é ter carro
e zoar os a pé
e passar na poça pra molhar a moça
e pregar a peça e enfiar a piça
o resto é bobagem de centro espírita
e conversa de papo de talk
e a mocinha molhada vai falando
e imagina ela molhada inteira de carro
um metro e oitenta de molhada de carro
105 de bunda molhada de carro
12 centímetros de cavidade vaginal molhada de carro
e o carro quem dirigiu fui eu
e deixei ela molhada
é a utopia da emanuelle
e a alegria da madrugada
andar de carro e zoar os a pé
é porque isso que não tem conversa
e não adianta andar de madrugada
porque quem é e quem não é também é
ed já falou faz tempo,
mas como Jesus ninguém ouviu,
que Motta se amarra no Murphey
21 abril 2013
Ed
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17 abril 2013
o mundo é um monstrinho
Cartola não disse,
mas poderia ter dito,
que o mundo não é um moinho coisa nenhuma.
Que nada, Cartola
é só olhar pro mundo pra ver
que o mundo é um monstrinho.
mas poderia ter dito,
que o mundo não é um moinho coisa nenhuma.
Que nada, Cartola
é só olhar pro mundo pra ver
que o mundo é um monstrinho.
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paráfrases
paráfrases,
não acredito em paráfrases.
no fundo é tudo cópia
e sempre piorando
decaindo
como quem cai do de
que paráfrases que nada
só acredito em poesia
que, quando possível,
para frases
não acredito em paráfrases.
no fundo é tudo cópia
e sempre piorando
decaindo
como quem cai do de
que paráfrases que nada
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15 abril 2013
Marco Feliciano afirma que “Pra Quando Chover” da Tribo de Gonzaga contém incitação ao demônio
Na noite da última sexta-feira, o deputado Marco Feliciano
apareceu com mais uma de suas pérolas. Durante um culto realizado em sua
igreja, ele afirmou que a música Pra Quando
Chover da famosa banda petropolitana de forró chamada Tribo de Gonzaga
escondia em seu refrão uma incitação ao que ele chama de “forças do inferno.”
Afirmou:
- “Os compositores
dessa banda se fazem de bons moços, dizem pregar o bem e a alegria, mas
escondem em suas letras manifestações claramente demoníacas. O refrão de uma
canção que todos acham dizer “e se chover a gente dança no toró”, na verdade, diz
nada mais nada menos que “e se exu ver a gente dança no toró, se fizer sol a
gente feito um só.”
14 abril 2013
06 abril 2013
despedida do facebook
vou sair pra ler
quero ler
e vou sair
pra ler
pq sou leitor
de livros
que são lidos
por quem lê
no caso
eu
o leitor
04 abril 2013
diálogos comigo
Ah, como eu tenho inveja daqueles que escrevem que não tem "nada haver".
ah, tenho...e tenho porque eles tem razão: neles não tem nada haver porque não há nada a ver mesmo, estão mesmo vazios desde a existência até a visão.
mas Luizantonio, você não está sendo preconceituoso com quem não pode estudar e aprender a escrever direito?
Sim, estou...ah, como estou. E até me sinto mal com isso, sabe? Mas a verdade é que eu estou na corda bomba. Não consigo afirmar nada. Não vou pro lado da direita, nem da esquerda. Sinto mais a esquerda, mas por inclinação natural, por índole do que por qualquer fato da realidade. Acontece é que eu não compro as ideias dos intelectuais. Acho essa coisa de preconceito linguístico a repetição de vários erros que a gente já cometeu. É óbvio que há preconceito linguístico, é óbvio que há língua e é óbvio que há preconceito. E há de haver com tudo haver e a ver.
Luizantonio, você está me parecendo deveras Caetanesco com esse papo que fala, fala e não fala nada.
Ora, mas eu estou falando tanta coisa, tanta coisa. Eu só estou falando coisas que não quero que sejam aderidas, nem lá, nem cá. a academia me cansa: as duas, a do corpo e a intelectual. Bom mesmo é estar em casa fazendo nada, ou então na rua bebendo. Estar na rua sóbrio é dolorido de uma dor que a gente só consegue fugir comprando alguma coisa. Por isso que eu acho que as pessoas adoram ir ao cinema: é um jeito de estar na rua e protegido.
Mas fala mais sobre esse negócio de preconceito linguístico.
Eu não. Sempre preferi ignorar a linguística que sempre me pareceu uma filosofia piorada.
Você não gosta dos linguistas?
Gosto de todos.
E dos padres?
Gosto de nenhum. Sem exceção. Sou autoritário nisso.
E a democracia?
Sempre democracia.
Acha que pode acabar o post por aqui?
Acho.
Valeuz, mano.
Valeuz ksks
ah, tenho...e tenho porque eles tem razão: neles não tem nada haver porque não há nada a ver mesmo, estão mesmo vazios desde a existência até a visão.
mas Luizantonio, você não está sendo preconceituoso com quem não pode estudar e aprender a escrever direito?
Sim, estou...ah, como estou. E até me sinto mal com isso, sabe? Mas a verdade é que eu estou na corda bomba. Não consigo afirmar nada. Não vou pro lado da direita, nem da esquerda. Sinto mais a esquerda, mas por inclinação natural, por índole do que por qualquer fato da realidade. Acontece é que eu não compro as ideias dos intelectuais. Acho essa coisa de preconceito linguístico a repetição de vários erros que a gente já cometeu. É óbvio que há preconceito linguístico, é óbvio que há língua e é óbvio que há preconceito. E há de haver com tudo haver e a ver.
Luizantonio, você está me parecendo deveras Caetanesco com esse papo que fala, fala e não fala nada.
Ora, mas eu estou falando tanta coisa, tanta coisa. Eu só estou falando coisas que não quero que sejam aderidas, nem lá, nem cá. a academia me cansa: as duas, a do corpo e a intelectual. Bom mesmo é estar em casa fazendo nada, ou então na rua bebendo. Estar na rua sóbrio é dolorido de uma dor que a gente só consegue fugir comprando alguma coisa. Por isso que eu acho que as pessoas adoram ir ao cinema: é um jeito de estar na rua e protegido.
Mas fala mais sobre esse negócio de preconceito linguístico.
Eu não. Sempre preferi ignorar a linguística que sempre me pareceu uma filosofia piorada.
Você não gosta dos linguistas?
Gosto de todos.
E dos padres?
Gosto de nenhum. Sem exceção. Sou autoritário nisso.
E a democracia?
Sempre democracia.
Acha que pode acabar o post por aqui?
Acho.
Valeuz, mano.
Valeuz ksks
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03 abril 2013
2
todas as palavras que me disse estavam ocas.
construí tabas,
inventei enchentes,
afinei silêncios.
e de repente não sabia mais o que fazer sem falar.
construí tabas,
inventei enchentes,
afinei silêncios.
e de repente não sabia mais o que fazer sem falar.
01 abril 2013
saudade média
se me perguntam a medida da saudade,
juro que não sei.
na verdade, até onde eu sei,
a saudade nunca foi de fazer média.
juro que não sei.
na verdade, até onde eu sei,
a saudade nunca foi de fazer média.
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