10 fevereiro 2008

shakespeare

Nunca senti que necessitavas ser pintada,

E por isso nunca te pintei a beleza:

Eu achei, ou achei que achava, que excedias

Aquele pouco que um poeta pudesse fazer:

E portanto eu permaneci quieto ao falar de ti

Que tu mesma, tão destacada sendo, bem poderia mostrar

O que falta à uma pena moderna

Falando do valor, que valor em ti reside.

Esse silêncio atribuíste a meu pecado

Que deverá se provar minha maior glória, tendo permanecido mudo,

Pois eu não prejudico a beleza ficando mudo

Quando outros dariam a vida e falariam disso, criando um túmulo,

Há mais vida em um só dos teus lindos olhos

Que ambos os teus poetas poderiam em elogio criar

Um comentário:

leandro. disse...

Lendo os seus últimos posts, percebo que você anda escrevendo cada vez mais parecido com o Mario Quintana.