04 novembro 2012

a moça das coxas grossas



A moça das coxas grossas
Do belo rebolado da anca
Do quadril que se prolifera de quadrilidade
Assa nas coxas grossas que dão feridas
Sangram, ardem, doem.
E as feridas das coxas grossas
Soltam secreções de todo tipo:
Pus, líquido espesso, suor
E os três se misturam ao odor natural
Do líquido lubrificante da moça das coxas grossas -
Que grossas coxas sempre vem junto com um bocado de tesão –
E quando passa, a moça expele um cheiro ruim
Que ninguém nunca jamais percebeu ou perceberá
Porque as coxas grossas da moça que passa assada
(seu andar se modifica e melhora por conta da assadura)
São quase vertigens em meio ao caos do dia
São promessas de possibilidades de uma nova vida
Ai, moça, passa, passa
E assa meu coração
Que como tuas coxas
É ferido.

Um comentário:

Carolina Machado disse...

Belo final!