Está chegando o final do ano e sempre vem aquela necessidade de fazer um balanço geral (com Wagner Montes) do que ficou, do que mudou e do que ficará e do que mudará para ano que vem. Para falar a verdade, 2008 foi interessante porque cheguei numa idade em que as coisas começam a mudar mais lentamente, mas isso não importa, porque não tenho nada considerável para dizer assim no sentido amplo, por isso resolvi fazer alguns posts separados. Nesse vou falar do House, uma boa descoberta e depois eu falo dos outros se ainda conseguir, já que são 2:56 da manhã.
*** *** ***
Eu sempre quis estar certo. Ok, mentira, nunca quis estar certo porque sempre percebi quanta responsabilidade tinha nisso, mas sei que eu sempre quis fazer o certo, ser o mais justo possível, estar do lado de quem precisa mais. Por isso sempre fui mais amigo das empregadas, dos pobres, dos nerds, porque na minoria eles aprenderam a humildade e a capacidade de sorrir até das coisas menos valiosas, e assim, aprenderam outros valores mais simples.
Sempre achei que sendo assim eu seria cada vez melhor, cada vez um ser humano mais capaz de propiciar coisas boas ao mundo e trazer felicidade para quem está perto, de fazer sorrir quem precisa e fazer quem não precisa sorrir entender o peso que o sorriso tem para alguns.
Daí chegou o House e me mostrou a brutalidade que está em fazer o certo, mostrou o quão pode ser violento o bem acima de qualquer coisa, mostrou que o preço que se paga por ser assim é muito alto, pois a maioria das pessoas está absolutamente apta e até aceitando a mentira como forma de viver, aceitando o erro, o mais ou menos, a pior possibilidade como maneira de alegrias momentâneas, provisórias e até aleatórias, pois não fazem parte de uma cadeia de vida, são simplesmente atitudes de curta validade, por isso existe tanta crença em deus, em namorados ruins, em pequenas viagens, cachaçadas em boates caríssimas.
Veio o House e me mostrou que ter caráter é afastar pessoas, porque é perder a capacidade de ser flexível. Eu ainda não sou capaz de fazer tal qual ele, nem nunca serei porque ele é um personagem, mas conhece-lo e rir dele e com ele em 2008 foi um grande prazer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário