01 setembro 2009

polêmicas

Assisti uma entrevista algum tempo, antropofagizei o assunto e agora resolvi falar sobre. Falava aquele cientísta-ateu que veio na FLIP, cujo nome não lembro, mas estou com preguiça de procurar o nome dele no google, além do mais, o que importa, vamos aos fatos.
Gosto de ateus, eles me parecem sempre engajados nas suas idéias, mas gosto principalmente pelo bom humor e ironia deles. Na verdade, eles têm certo prazer em fazer os que crêem parecerem ridículos e não sei porque isso me agrada. Talvez porque ache sacal essa pasmaceira geral, onde cada um “acredita no seu próprio deus”, ou melhor, “numa energia superior q não tem nome”. A religião conforta, mas estraga mais do que conserta, ela pega um problema novo e pelas proibições, conselhos ou regras transforma em estrutural mantendo-o e alimentando-o.
Há também os agnósticos que no fundo professam o “estou cagando”. Cagar é bom, também elogio os que cagam, por isso uma ou duas vezes no dia faço minha contribuição à essa gangue que caga. É até um certo problema, os tropicalistas por exemplo, estavam acima da esquerda e longe da direita na época da ditadura, eram tipo agnósticos, estavam fora do problema com outras soluções, acho que os admiro, porque não sei ser assim.
Quanto a ciência tenho pouco a dizer. Não tenho fé nela, na verdade não tenho fé nenhuma. A ciência não é para se ter fé, é pra ser usada pra coisas práticas, pra melhorar nossas situações de vida, nossa saúde, mas cada vez mais percebo que tudo isso é tão relativo. Relativizar também é ruim, só não creio ser muito inteligente crer em algo que é a prova concreta e máxima de que daqui a pouco haverá uma outra prova concreta e máxima que contrarie a primeira, embora venham me dizer que há regras absolutas, o que eu posso responder com “até agora”, daí vão dar o exemplo da lei da gravidade e eu vou dizer: “nada me diz que amanhã acordarei e ela aqui estará.”, vou parecer estúpido, burro, mas pra mim faz todo sentido. A questão pra mim é que vendem-se produtos e tiram-se direitos em nome da saúde, em nome do bem-estar, em nome da longevidade, em suma, a ciência nos serve mas também nos presta um deserviço, logo não dá pra confiar muito nela, apenas para utiliza-la, como uma pá ou um martelo. Creio que no fundo os cientistas são os pedreiros da intelectualidade.
O post ficou grande, continuará outro dia.

Um comentário:

Ferreira, Lai disse...

Dawkins, Richard.