06 novembro 2011

Trem

sou como um trem que joga uma fumaça densa e espessa pela natureza dando um toque urbano-bucólico por onde passa. Paro somente nas estações porque não posso parar. Meus descaminhos desbravam o interior desafetivamente e não chego a me importar com quem chega ou quem passa, embora não deixe de sentir saudades. Em meus vagões vão pouca gente, o caminho que sigo não é de grande interesse, nem popular, nem levará ninguém ao sucesso. Sou esse trem e dele não escapo. Sou esse trem que viaja o mundo, mas que nunca pode sair dos trilhos, pois seus caminhos são óbvios. Mas sou um trem, só isso, um trem entre muitos. E vou quase vazio.

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