13 dezembro 2011

o natal (antes do espírito)

Vamos lá, né? Natal tá aí. Mas o mais importante é pensar no que eu posso contribuir ao mundo à partir da idéia de Natal. Tentarei.
Bom, primeiro de tudo, acho que o Natal deve ser pensado por fora do famoso espírito natalino. Esse espírito que defino como "uma aura de alegria, felicidade e complacência que nos toma" me parece ser prejudicial em alguns aspectos, na medida em que ao mesmo tempo que ele nos enche o peito de amor pelo mundo, também traduz-se em uma espécie de parasilia. O espírito retira de nós uma capacidade reflexiva importante para ação. É nessa medida que eu concordo que o modelo de amor por Jesus deve ser seguido no Natal, mas o amor de Jesus é um amor engajado, violento, como ele mesmo diz, ele vem pela espada e não pela paz. É preciso pensar o amor não como um sentimento, mas como uma ação, como um movimento de transformação. É preciso, sei lá, beijar a ferida do leproso ou quebrar o templo ou enfrentar os poderes que nos rondam. Às vezes uma grande forma de manifestar o amor natalino está em enfrentar o patrão, enfrentar uma injustiça que ele nos faz. Talvez seja muito melhor que sair abraçando todo mundo.
Não sei, é uma idéia, é algo a se pensar. Só estou querendo trazer o Natal, uma data bonita, que comove e que une para mais um momento em que podemos mudar o mundo, ou pelo menos um cantinho dele. Espero não ter exagerado.

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