1- 17 anos de idade, ainda uma menina, mas quase uma mulher. Essa foto foi retirada em um momento de rara felicidade, nos fins da adolescência, em que os desejos e impulsos do florescer de um jovem corpo encontra a maturidade de um grande amor. Essa mistura de cores com o frescor da natureza dão o tom dessa época da vida.
2- Já nesse momento, está exposta toda a fúria da fotógrafa com relação a maldade humana e o descaso das autoridades. Veja as cores fortes e tonalidades destacadas se misturam com esse pequeno ser, invasor perdido, meio vítima meio algoz que representa esse interior insuflado pela injustiça que se observa rodeando nossa terra.
3- Perto da maturidade, observe como o amor materno transparece por sobre a calma natureza de uma translúcida tarde que abre os braços para receber essa nova vida que chega na terra. O amor materno, como o maior do mundo, está contido nessa foto através desse breve tracinho de sol, mas não apenas nele: extravasa de fora para dentro de todos nós!
4-Observe como essa foto é estranha: as cores não se ajustam, não se misturam, estão destacadas e esse ângulo, assim de lado, meio apressado representam a menopausa da mulher. A fertilidade que vai embora, mas traz os calores, as irritações e uma sensação estranha de que os hormônios dão uma cambalhota nos corpos, e reflete nessa cena, assim, perdida no meio do nada.
5- Por fim, o momento da despedida da vida. A fotografa consegue captar esse fino momento em que o inseto está prestes a cair de todo o verde que lhe segura e adentrar outro mundo. É o adeus desse plano para um outro, para uma outra vida, onde as coisas realmente possam dar certo e durar. No entanto, essa foto fica como marca do eterno que existe em cada um de nós.
Um comentário:
HIAUSHAI genial essa Luisa. Perspicaz e talentosa, capta incrivelmente esses momentos belíssimos da vida.
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