É curioso. Não sou uma pessoa que gosta de curiosidades, apesar de ser curioso. Existem curiosidades básicas na minha vida que, por serem indissolúveis, tornam-se recorrentes, ou então, pelo grande vazio que “é” “eu”, vez ou outra a gente recorre às dúvidas de sempre para matar o tédio de qualquer dia. Acompanhem a evolução do texto: curioso, curiosidade, recorrência, dúvida!... Chegamos na dúvida, e eis que as dúvidas (fui escrever eis e saiu “Elis”, a psicanálise adoraria isso, devo estar precisando da música dela) aparecem como o aprofundamento daquilo que em um dia qualquer é apenas curiosidade. Disse eu essa semana que dúvida é uma certeza que não se confirmou. Nisso eu poderia ficar horas, mas não é isso que eu quero dizer, na verdade, eu ainda não sei porque vim dizer o que eu vim dizer e, para falar a verdade, já estou dizendo. Acho curioso isso que é deixar o pensamento vaguear de vez em quando e encontrar suas próprias e próximas conecções. Como é curioso o pensamento, como é curiosa a vida, e numa sexta feira chuvosa, não há curiosidade maior do que essa minha procura de qualquer coisa para sofrer. Infelizmente, inconsciente e curiosidades, estou bem, voltem amanhã!
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