da janela não vejo nada
o que atrapalha a poesia
que fica dura feito concreto,
lâmpada e alumínio.
a cabeça já não lateja mais
sem idéias fixas ela flutua
entre o tédio do nada fazer
e o todo de se perder
as meninas se fixam
transitoriamente entre
o que eu quero
e o que vou fazer
uma, melhor que as outras
vira brincadeira de criança
que prefere o jogo
ao prêmio que aponta
e sem poesia de janela
sem poesia de luar
o que se escreve vira traço
momento roubado do nada
e o que era pra ser belo
agora é só disforme
como se o mundo assim
pudesse fazer sentido
Um comentário:
ora essa... encontrei mais um!!!
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