16 abril 2008

babá espanca bebê

Não fosse a gravidade do mundo de hoje e do quão as coisas são desvirturadas e desvalorizadas, eu poderia assim singelo dizer que essa frase sem esse verbo poderia representar uma das relações mais bonitas do mundo. Babá, bebê me lembra uma coisa meio primitiva, primária, primordial para a vida. Esses sons, quase balbuciados, representam uma linguagem ainda fraquinha, ainda pequena, ainda mundo demais para ser palavra e eu daqui imagino esse verbo feio deixando de ser verbo e o ser humano sendo mais essas palavrinhas, num dia que a gente não gritará ma(i)s, só falará pequeno que ninguém espancou ninguém, só babá bebê, babá, bebê, babá...

Um comentário:

Guilherme Hobbs disse...

"espanca" também é bem mundo -- é quase uma onomatopéia . . . é, acho que não gosto de falar pequeno! . . .