eu entendo um pouco de não entender as coisas. Estudar foi a forma que arrumei de entender um pouquinho mais; sempre tive dificuldade de entender piadas, comentários, trocadilhos e zuações. Sei que parece estranho, mas aprender a caçoar dos outros foi uma arte para mim, foi como aprender a dirigir, ou a tocar teclado: primeiro, você se observa e tenta sozinho, isolado, depois começa a observar os outros, depois vai aprender com eles. Nunca quis ser irônico, aprendi com a vida também e hoje em dia é a figura de linguagem que mais gosto, pretendo usa-la pra sempre em trabalhos, teatro, poesia, livro, seja o que for.
Falei hoje que gostaria de escrever mais fluido, como vejo os outros escreverem, tipo o Xexéu, mas não consigo, é inevitável que tudo comece a ficar truncando e eu complique o que eu estou pensando e assim fique tudo preso e tenso e complexo, ainda bem que não sou gay.
Então, acho comecei uma série sobre minhas defesas, pena que nenhuma delas é um ataque. Depois de ver o "ensaio sobre a cegueira" descobri um lado cego meu. Cheguei até a pensar em algum momento que a gente sempre olha cego para as coisas, é preciso olhar, desviar e depois voltar a olhar para conseguir ver, perceber, atentar. Quantos verbos temos para falar da visão?
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