quem não usa clichê não está pronto pra amar, pra viver, pra sorrir, pra ouvir uma música e sentir um arrepio repentino e assustador que quase faz chorar. Hoje mesmo helena disse que eu falo "nunca ri tanto e chorei ao mesmo tempo", é, eu misturo as coisas mesmo, isso não é bom, porque não é lá tão clichê. Enfim, o que eu ia dizer é que o clichê é perfeito para quase tudo, porque ele é o não técnico, óbvio e esperado, que lembra algo repetido muitas vezes mas que se encaixa com tamanha precisão que nos vem à mente a frase: "não há nada melhor para agora que isso."
e eu fico impressionado ao lembrar que todos os "eu te amo" que disse do nada assim foram tão clichês, mas tão adequados, e tão diferentes dos que eu imagino que posso dizer no futuro, porque talvez já não hajam clichês e que seja tudo tão pensado demais. Por isso que Claudinho e Buchecha é tão bom, por isso que Roberto Carlos é sucesso e a gente ainda ri com o Sílvio Santos, por isso que a gente ainda dá flores e leva pra jantares. Lembro, então, dos presentes que eu dei, das piadas que contei, dos cuidados, afagos, carinhos, não digo para uma pessoa, até para mim mesmo, até para minha mãe e pra toti, a minha gata, mas principalmente praquilo que eu estou pensando. Penso que fui tão clichê que foi a melhor rááá, não serei clichê...e penso que quem não entende a beleza de um clichê jamais pode amar. Como diria João Renato, porque clichês clicham...
Um comentário:
clichês são bons até para quando queremos escapar deles.
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