23 novembro 2008

Alice

Não tenho muito interesse em séries com temas pretensamente atuais. Digo pretensamente porque acho que a boa e velha fórmula de Friends do "espaço íntimo quase só com sofá" e o modo "uma doença que no fim é curada (ou não) e que serve para apresentar a vida das pessoas" do House, muito mais interessante que essas que se pretendem com "temas da atualidade." Não vejo Sex and the City e não acho nada de novo uma mulher querer far sexo com muitos homens e comentar isso com todas as amigas e nesse caso fazer ou não faz pouca diferença.
Entretanto, comecei esse post porque pela primeira vez assisti "Alice", a série da HBO. Aliás, assisti parte de um episódio e já parei para escrever aqui, e escrever falando mal. Não tenho nada a falar da atriz, nem da direção, é até tudo muito bem feito e bonito, o que me incomoda é essa tendência a querer parecer contemporânea. Primeiro, porque tem que ter drogas? Segundo, porque tem que ter sexo? Acho que pode até ter, mas isso quando for estritamente necessário para o roteiro, para a história, para a fábula. A cena de hoje que o irmão de Alice se masturba no banheiro cheirando a calcinha da amiga da irmã é muito mais bonita que as outras três cenas do episódio de namorados fodendo. Até a cena que esse mesmo irmão quer comer a amiga (ainda não acabou, não sei se vai comer, mas que quer, quer) é menos interessante. E isso não é caretisse. Quanto às drogas, faz tempo que não é mais "in" mostrar que os riquinhos de cidade grande usam drogas, aliás já fica até chato e eu automaticamente penso: "ih, alá, já vão ficar doidões de novo..." e perco o interesse.
Porém, o que mais me assustou nessa série foi a quantidade de tempo que celulares tocam. Sério, mesmo na cena que não toca o celular de ninguém, pode ser ouvido ao fundo uma musiquinha de algum celular tocando. Não sei se isso é prerrogativa ou eles estão fazendo propaganda da vivo, oi, claro ou tim, mas que fica absurdo, isso fica, tanto que muitas vezes acabei pensando: "não é possível, deve ser o meu".
Já houve coisas menos caretas e muito mais atuais.
(E o rapaz com certeza vai comer a mulher, ela já está bêbada rebolando na frente dele, pena que ela já mostrou o peito duas vezes no episódio o que tira um pouco da graça.)

2 comentários:

Marina disse...

eu gosto da fotografia da série. bem bonito tudo. mas o enredo não me atrai.

e fato que a marcela magrela ia pegar o duda "tenho 18 anos e ejaculo precocemente". pegou mermo.

Anônimo disse...

Sex & the City é um bando de mulher com mais de 30, mal amada, mal comida, infelizes profissionalmente e que, em busca de um pouco de prazer, fodem com metade de NY e compram sapatos.