06 abril 2009

tapetes

Vamos com calma, essa é uma narrativa de ficção. Até agora eu estava falando do big brother e esse 'eu' é um narrador, mas a narração começa agora: a sala tinha o tamanho exato que ele precisava para fazer o que queria. Ainda não sabia o que faria, mas sabia que o que faria teria e deveria caber naquela sala. Longas janelas, mas pouca luz, muitos tapetes e poucos móveis, poucas pessoas a espera. Era uma tapeçaria. Ele se sentia como um europeu indo ás índias comprar especiarias, se sentia aventureiro por comprar um tapete. Agora ele descobriu o que faria, iria comprar, antes preferia só olhar pelas janelas e pela pouca luz, pela sala branca com muitos tapetes e pensar, que como aventureiro devia fazer algo ali. E decidir comprar o tapete era um gesto simbólico pra ele, em algumas culturas tapetes podiam voar, em outras eram considerados ornamentos caros de alto valor. Caro ou voador, decidir comprar um tapete lhe fazia alçar vôos imensos pela sua imaginação, ou criatividade se como imaginar entenderem como um vagar ao outro, enquanto que a criatividade seria vagar por si mesmo. É que por mais que ele estivesse longe dos pensamentos mais históricos e imaginativos um tapete ainda era um tapete. Linha junto de linha que servia para botar o pé.

Um comentário:

.parambolicalalande. disse...

adorei saber q vc gostou daquele texto... eu acordei decida a apagá-lo do blog pq sei lá pq! foi mais uma coisa de fã mesmo.. hehehe mas aí dei de cara com o seu comentário e desistir de apagar! :)
beijoo