23 janeiro 2013

Os Miseráveis (2013)


A resenha de hoje fica a cargo de “Os Miseráveis”, adaptação para o cinema do musical da Broadway que por sua vez também é uma adaptação da célebre obra homônina do francês Victor Hugo. Assumo que relutei em escrever sobre o filme, fiquei com preguiça e quase me silenciei frente ao que teria de enfrentar para tal. Porém, vamos lá.
A obra gira em tonro de Jean Valjean (Hugh Jackman) que é preso por ter roubado um pão. Na tentativa de, depois de solto tentar retomar sua vida e tornar-se um homem de bem, é perseguido por Javert (Russell Crowe). A história conta também as batalhas pela liberdade do povo francês pela opressão daqueles que assumiram o poder na pós-Revolução francesa. Aparte isso estão os dramas pessoais de Fantine (Anne Hathaway) e sua filha Cosette (Amanda Seyfried ), entre outros.
Pode-se dizer que é um musical no sentido mais clássico do termo, com a diferença de que, nesse caso, o filme é 90% cantado e quase nada falado. As personagens são rasas da maneira Broadway/Hollywood, as imagens, planos, paisagens são lindas, as roupas maravilhosas e de resto muito pouco se apresenta. Despontencializa-se qualquer tipo de tensão para colocar em cena a redenção de um homem que deve fazer o bem e se redimir de todas suas falhas. Acredita-se na humanidade forçando uma epifania e uma catarse artificiais. O filme é cheio de mortes e despedidas, todas felizes, todas mais começando ciclos que encerrando vidas.
Bom, pensar esse filme na perspectiva do Oscar? Sem muitas pretensões para nada, pode no máximo dar o prêmio de melhor ator para Jackman, que tem se mostrado bom ator, o que fica praticamente impossível frente ao também chato Lincoln de Day-Lewis, inventado para o prêmio. Fora isso gostaria de destacar a falta de talento de Russel Crowe. Como disse Veríssimo, inspiradíssimo, Crowe é o ator com dois personagens: sem chapéu e com chapéu.
“Os Miseráveis” serve aos velhos e aos hiper-encantados. Serve também aos fãs de alegorias de escolas de samba.

Última digressão: "Lute", "sonhe", "espere", "ame" em um cartaz de divulgação é difícil de aguentar.

Um comentário:

Anônimo disse...

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