10 agosto 2006

tapete vermelho


Triste. Acabei de constatar que não sei mais escrever. O pobre traço da tela do programa de texto do computador fica piscando e piscando e nada das frases chegarem. Outrora era batata, bastava escrever uma frase ou duas e já tinha toda uma sentença pronta, e outras mais, e a idéia do texto se formava, as vezes sem nexo algum, mas sempre chegando ao "belo" grego, ou grego "belo", viu?, já não sei.

A idéia era escrever sobre o filme "Tapete vermelho" de Luiz Alberto Pereira que assisti a poucos dias atrás e tanto me marcou, no entanto, parecem me fugir os argumentos, ou os tenho de forma caótica e inapresentável. O fato é: O Mazzaropi foi/é um grande gênio do cinema nacional, possuia um sistema de criação único e que se tivesse sido mantido, poderíamos ter um "centro do cinema nacional", a lá hollywood. Gosto dele por isso, e por causa do grande ator e roteirista, mas principalmente, gosto afetivamente: Meu pai gosta, porque meu avô gostava, minha avó gostava, meus tios gostam. Quando pequeno via e me divertia, hoje vejo e me divirto. E "Tapete Vermelho", a história do pai que leva o filho para ver o filme do Mazzaropi, é totalmente "mazzaropiana", assim como o texto, o cenário, a interpretação, o figurino. Matheus Nachtergaele foi meu Mazzaropi por uma hora e meia, e a todo momento eu pensava: "preciso alugar esse filme para meu pai".

O enredo é simples, mas interessante é a forma de utilizadas para sub-temas. Eles tratam de lendas e manifestações populares rurais que mesmo quando inverossómeis a nossos olhos, são completamente pactuadas por todas as persoagens. Como exemplo, temos a cena do violeiro que vendera a alma para o Diabo ou a aparição do Anjo Gabriel.
De qualquer forma, não é de forma teórica específica que conseguirei falar do filme, mas sim, como comecei: afetivamente. E digo que veria de novo se fosse possivel, e assim que sair em vídeo, alugarei para meu pai.
Foi díficil, mas escrevi. Temo ter ficado ruim. E ficou.

03 agosto 2006

Manutenção.

Eis que o mundo continua girando enquanto eu vivo.
Eis que o mundo gira enquanto eu amo.
Estou prestes a voltar a ver que o mundo gira e a girar junto com ele.
Não quero.