Há quem diga que existe o raso e o profundo, o estreito e o largo, a luz e a sombra. Não creio. Creio que há algo na superfície e algo imerso, estreitos que sobram e largos apertados, e algo entre a luz e a sombra que é indefinição, como se não houvesse traço que os separasse e por isso não houvesse diferenças.
E que coisas no mundo que não são assim? O que há no mundo que não seja exatamente na superfície que o mais profundo que se materializa? Digo que as coisas se fazem na sua contradição, na disputa, na briga. A paz não é criativa, pelo contrário, ela é o momento em que tudo vira lagoa.
E eu, ao correr do tempos ou no silenciar da canção, sempre preferi o mar.
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