07 janeiro 2010
sucos
Na indústria e no mundo atual tudo tem nome. Deboir estava certo quando falava da autonomia das imagens, tudo tem nome, tem imagem e logotipo, e essas coisas se fudem, se associam. A graça está no esvaziamento da essência, de qualquer essência, de qualquer coisa que pode parecer essência. Isso seria interessante se eu estivesse falando de alguma coisa abstrata, mas não, foi ao conversar sobre esses sucos de garrafa e copinho tipo ativplus que percebi. As coisas nem nos sentidos são o que são. Esses sucos de laranja com acerola não têm mais gosto nem de um nem de outro, muito menos deles dois misturados, e a cor, presa dentro do copo de um modo que quase não possamos ver é artificialmente colorida. Então, amigo, se você não gosta de laranja, toma esse sujo de laranja, ele é diferente. Açaí? não gosta? É porque você ainda não bebeu o acaí Ikó.
E assim, aos poucos, as coisas deixam de ser incômodas pra gente, tudo vai virando normal. Tem que ser saudável? Tem agora o actívia que faz tão bem quanto uma salada e tem em sabor morango, frutas cítricas, que beleza.
Nada mais é absolutamente nada, tudo é, na medida em que nos traz conforto, comodidade e nos mantém onde estamos, sem nos mexer, apáticos.
(e venda.)
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